sábado, 8 de dezembro de 2012

FLORBELA ESPANCA...



Eu queria falar de um poema. Eu queria falar de uma canção. Eu queria falar de uma poetiza. Eu queria falar de Florbela Espanca. Eu queria falar também dos Trovante.  É que hoje  faz anos que Vila Viçosa viu nascer uma Flor Bela que escreveu versos  de amor como ninguém.  Uma Flor que também faz hoje anos que “murchou” em Matosinhos. 
Ao falar dos Trovante, estou a falar de um grupo que musicou um dos seus sonetos “Ser Poeta” e que se tornou num hino ao amor.  Quem já leu este soneto, quem  já ouviu o Luís Represas, decerto que não ficou indiferente ao lastro de magia que passou do papel para a partitura. É para mim o melhor poema de sempre, é para mim a melhor canção que já se fez em Portugal.  Falar de Florbela Espanca é falar de amor, de paixão, da alma, da saudade. Tudo debaixo de um forte lirismo que marcou toda a sua vida.  Falar de Florbela é falar da “Charneca em Flor”, do “Livro de Mágoas” ou do “Livro de Soror Saudade”. Muita palavra para tão pouco espaço de tempo em que viveu (36 anos). Falar de Florbela é andar de mãos dadas com a poesia num Outono onde as folhas se despedem das árvores como que a chorar uma vida vivida fora da vida. Como Florbela dizia: Ser poeta é ser mais alto, é ser maior e dizê-lo cantando a toda a gente. Hoje, Florbela “Espanta”  ainda... perdidamente.


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