Este senhor chama-se Alfredo de Sousa e escreve de 15 em 15 dias no jornal "O Penafidelense". Vai ser condecorado pela Câmara Municipal no dia em que Penafiel faz anos. Há muita gente que não o conhece. Então, em pinceladas simples e rápidas eu vou pintar-lhe o retrato sem obedecer a qualquer ordem cronológica.
Eu poderia colar-lhe o rótulo de intelectual, uma vez que ele é o preferido pelo poder local para fazer apresentações de livros na biblioteca. É um homem de cultura, verdade se diga.
Para começar não gosto dos seus textos. Frases muito longas, não faz o meu género. E os temas abordados são temas de carácter geral, que toda a gente escreve e lê em qualquer periódico. Este homem que como disse é uma pessoa de cultura, nos seus escritos nunca abordou o tema da falta de uma sala de espectáculos em Penafiel. Em 2009 durante uma sessão política do PS na sala dos Rotários, em que interveio Sousa Pinto candidato à Câmara por esta força política, ele perguntou ao candidato se, caso fosse eleito, o Prémio de Poesia Daniel Faria, continuaria a realizar-se. Agora que sabemos que este prémio já foi, ele nunca perguntou a Alberto Santos o que era feito de tal concurso poético. Nunca ousou questionar a Câmara Municipal o que é que aconteceu à Bienal de Pintura de Penafiel, também interrompida há quatro ou cinco anos. Ignorou de todo que Penafiel tem uma relíquia cultural na Rua Direita chamada Recreatório a clamar uma atenção pela parte do poder. Este homem, nos seus artigos de opinião, nunca escreveu uma linha sobre a regeneração urbana que está a destruir algumas páginas de história e cultura de Penafiel.
Estou errado. Já falou de Penafiel sim senhor. Mas foi para chamar pacóvios aos bairristas de Penafiel. Na política foi candidato pelo PSD, (ele que sempre se movimentou na área do PS) à Câmara de Vinhais e perdeu. Alfredo de Sousa teve a lata de dizer no seio de um pequeno grupo de pessoas, onde eu me incluía, que tinha perdido as eleições por uma diferença de 7 votos. "ainda estive para mandar fazer uma recontagem dos votos" disse ele. Depois fui ver os resultados e ele perdeu por uma diferença de cerca de 30 por cento.
Eu ouvi dizer que a Câmara Municipal de Penafiel andava em palpos de aranha à procura do seu currículo, para lhe atribuir a medalha. O seu currículo aqui está para que não haja dúvidas.
Este senhor, o Dr. Alfredo de Sousa, nunca mexeu uma caneta em prol de Penafiel. Se calhar a isso não era obrigado, por ser natural de Vila Nova de Gaia. Agora se merece a homenagem de que vai ser alvo no dia 3 de Março, o executivo camarário acha que sim. Lá terá as suas razões...
incrivel como se condecora uma pessoa que aos penafidelenses nada diz.
ResponderEliminarNestas coisas há um barómetro que normalmente afere bem se a pessoa merece ou não, isto ou aquilo. É o barómetro da vizihança, ou seja: ouvindo os vizinhos avalia-se do merecimento ou falta dele, daquilo que foi objecto a pessoa.
ResponderEliminarEu estive lá e vi.
ResponderEliminar1- O medalhado disse que ao ser-lhe atribuída a medalha passava a sentir-se Penafidelense a cem por cento. Portanto quem não ganhar medalhas não é Penafidelense a cem por cento ou então certas personalidades só se sentem cem por cento qualquer coisa se lhe atribuírem as honrarias que eles merecem.
2 - Citou e truncou Camões o que é inaceitável para um homem de cultura, como se intitulou, uma vez que estava a ler.
3 - Caiu no choradinho do costume de dedicar à familia a medalha. É à mãe, ao pai, ao filho, à filha aos netos, ao cão ao gato etc. na melhor tradição do big brother.
4 - Caiu junto com outro homenageado e depois foi secundado por Alberto Santos, no moralismo. Agora a moda é dar lições de moral sobre valores. Porque antigamente é que era bom, agora não há valores. A luz que nos vai alumiar é o Alfredo de Sousa e o resto do rancho. Valha-nos Deus.
5 - Por fim, é lamentável que um homem de cultura como se intitulou, agradeça como agradeceu ao Senhor Doutor Presidente Alberto Santos, um homem excepcional como Presidente da Câmara e como escritor. Uma vergonha. A que prpósito se arma ali em crítico lierário. Confundiu de certeza o local. E um homem de cultura não bajula. A bajulação não liga com cultura e com a liberdade. E Alberto Santos não precisava de passar por aquilo. Mas de calhar até gosta.
Os agradecimentos foram de fato um problema. Excluindo o Dono da Aveleda (um Senhor) e o Agostinho Gonçalves (Outro Senhor), ouve demasiados agradecimentos e subserviência ao senhor Presidente. Pareciam os Presidentes de Junta a agradecer ao Senhor Presidente. Já imaginamos o que seria os agraciados do Nobel ou dos Oscares a dizer muito obrigado senhor Nobel por se ter lembrado de mim; bem haja senhor Nobel você é um grande homem e vai ser um grande Quimico. Rídiculo. O problema, é que no elogio que foi feito, estes são os melhores exemplos para a sociedade. É que as medalhas são um direito instituído, atribuem-se medalhas desde sempre e se as atribuições são justas não têm que ser agradecidas. Se se agradece muito dá a ideia que foi favor. Se calhar nalguns casos foi. É preciso lembrar que por proposta de Alberto Santos foram condecorados de uma assentada todos os padres do concelho. Uma vergonha! Nunca se tinha conseguido juntar num salão tanta quantidade de hipocrisia, de cinismo, de oportunismo de falsidade que os padres incorporam no corpo e já agora na alma (que para eles existe).
ResponderEliminarPenso que o Senhor Engenheiro da Quinta da Avaleda, era o único que merecia a condecoração. Mas, enfim, os tempos são o que são.
ResponderEliminarSegundo disseram um dos medalhados referiu "ao ser-lhe atribuida a medalha passava a sentir-se Penafidelense a cem por cento". Então e até agora, era de onde, e o que fez pelos penafidelenses e pelos outros a quem pertencia? Alguém, um dia, há-de explicar. E se passou a sentir-se a cem por cento Penafidelense, significa que passou a renegar as suas origens? Sei lá, sei lá, há coragem para tudo.