domingo, 31 de março de 2013

O LARGO DA MISERICÓRDIA...




Este, era um belo postal de Penafiel. Eu disse era,  porque já não é. Rasgaram-no de cima abaixo. Este espaço mais conhecido por Largo da Misericórdia, porque toponimicamente é Largo Padre Américo, está completamente desfigurado. Para ilustrar a destruição deste adro da Igreja da Misericórdia deslocaram para lá a estátua do fundador da Casa do Gaiato. Associaram à desfiguração desta paisagem, esta grande figura penafidelense. A calçada à portuguesa desapareceu, sendo substituída por enormes pedras de granito, tornando este local mais cinza, mais frio, mais longe do coração dos penafidelenses. Nem o Padre Américo se sente feliz aqui, porque ao contrário do local onde se encontrava, no meio de um jardim, agora esta cercado de pedra e automóveis. Se queriam dar mais visibilidade ao “Pai dos Pobres, deveriam escolher outro local mais de acordo com a sua vida e obra , porque este largo deveria chamar-se Largo Padre Amaro Moreira,  um padre que custeou a construção desta igreja no século XVII. Não foi feita justiça a este sacerdote natural  de Mondim de Basto. Não foi esquecimento, foi ignorância e agora o Padre Américo é que sofre as consequências do mau ambiente ali criado.

Texto publicado
hoje no JN

5 comentários:

  1. E quanto ao não acabamento da construção da igreja nada se soube?

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  2. O não acabamento da beirada da igreja, ficou a dever-se a falta de verba. Agora vamos ver. Quando a Santa Casa da Misericórdia tiver dinheiro e vontade pode ser que no nosso tempo, finalmente a esta bela igreja fique acabada...

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  3. Será que os familiares descendentes do padre Amaro Moreira, de Mondim de Basto, são pessoas com posses e estão na disposição de acabar aquilo que o seu antepassado não conseguiu? Quem sabe... Aí sim, a estátua do sacerdote tinha de vir para o sítio onde está o padre Américo, e mudar o nome do largo.

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  4. Saber dos descendentes do padre Amaro Moreira seria uma pesquisa muito complicada. Eu até gosto de fazer pesquisas, mas estas situam-se mais na procura de ascendentes, através de arquivos distritais.
    Para mim a única solução é a Santa Casa da Misericórdia e a Câmara Municipal entenderem-se no sentido de custear essas obras. Quem gasta 10 milhões em fantasias na cidade também pode disponibilizar umas centenas de euros para acabar aquilo...

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  5. Tem toda a razão Sr. Fernando Bessa. A Misericórdia e a Câmara é que devem acabar a obra.

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