"O POLÍTICO QUE FEZ CAIR SÓCRATES"
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Na véspera de Santo António, um jornal de referência deste país, publicou uma peça jornalística destacando Marco António Costa , o “vice” de Filipe Meneses de Gaia, como “O político que fez cair Sócrates”. Quem o diz, é o jornalista autor da peça, corroborado pelos seus amigos de faculdade, um deles, o Sr. presidente da Câmara de Penafiel, Alberto Santos. São completamente suspeitos para dizerem o que disseram do “vice” de Fernando Melo em Valongo. “Era o que faltava eu dizer mal do meu amigo”.
Este político que usa botões de punho e camisas com as iniciais MAC, (mais um pouco e era Mac donalds) assim numa imitação do CR7 da bola, “mudou o rumo da história do país”, ao avisar Passos Coelho para a necessidade de derrubar Sócrates, diz o jornal. Será assim tão importante, este senhor?
Ele não derrubou ninguém, nem tem peito para isso, tem peito isso sim, é para exibir as suas lindas gravatas.
Houve eleições, porque Sócrates quis. Ele extremou posições ao dizer que se demitia se PEC IV fosse chumbado no parlamento. Se Sócrates estivesse agarrado ao poder, como dizem, não levava à Assembleia da República o tal documento. Não tinha que o fazer. Então, “agora ou nunca” pensou o “ideólogo” do PSD, MAC, e vai daí aconselhou Passos Coelho a chumbar o PEC.
O que Marco, Passos e Portas fizeram, foi matar a sede de poder que tinham. E logo na primeira fonte que encontraram, beberam o precioso elixir. E agora o que se pede é que façam aquilo que não foi feito, que é governar melhor. Chumbaram o PEC de Socrates e agora vão governar com o PEC da troika. É esta a visão política do MAC?
Não acredito nesta direita muito bem vestida, muito bem apessoada. Não acredito nesta geração de políticos, que o que faz melhor é posar para a fotografia. Não acredito em Marco António Costa, que tem como referências duas pessoas com comportamentos muito dúbios: o eterno sebastianista Sá Carneiro e João Paulo II. Sá Carneiro fundador do PPD, foi militante da ANP de Salazar e Caetano. À frente da AD, não chegou a governar um ano. Nem sei se governou mal ou bem. Não teve tempo para isso. Mas chegou para merecer milhares de ruas, avenidas, praças e aeroporto com o seu nome. Quanto a João Paulo II, não esqueço o que ele andou a propagandear pela imensa África. Semeou a morte, a fome e a miséria, ao proibir o uso do preservativo, para além de outras proibições, que prejudicaram e muito o desenvolvimento das sociedades. Com referências destas, o que mais dizer de Marco António Costa? Que foi vogal não executivo da Metro, ganhando por mês mais contos do que eu em euros? Será significativo ou não? Não sei. Só sei que é por estas e por outras que o dinheiro não chegava para tudo.
O único Marco António de jeito andava pelo cinema e gostava muito de Cleópatra. Este não passa de um eterno “vice”.
Um dia destes falarei de Sócrates, que teve muitos erros, reconheça-se, na sua governação. Falarei da forma como foi perseguido, vilipendiado, diabolizado, caluniado por uma direita trauliteira, caceteira, mal educada e por uma comunicação social comprada e infame…
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