A QUINTA DA AVELEDA...

Estamos no Verão. Calor, muito calor. Um "branquinho" fresquinho a escorrer pelas goelas abaixo, é um prazer que só de pensar faz sede. Mas vamos lá ao que interessa, porque nem tudo é bom, nem tudo é bonito, nem tudo é prazer, nem tudo é beber.

Há dias a revista "Notícias Magazine" trazia uma página inteira com publicidade aos vinhos Aveleda. Porque razão nessa publicidade não vinha inscrito o nome de Penafiel, que é onde está instalada a  Quinta da Aveleda?  Uns dias depois uma outra revista, esta do Montepio, trazia uma reportagem sobre a Quinta da Aveleda em que deambularam pela sua história e pelos seus belos jardins que todos nós conhecemos. O nome de Penafiel também estava ausente. Não de todo. Estava remetido para um canto da página para contactos. 

Dito isto, parece que para a gerência da Quinta da Aveleda, o nome da localidade onde está instalada a sua empresa, não é importante. Para a Quinta da Aveleda, para os seus negócios de vinhos e outros produtos, Penafiel não existe. Até parece que a Quinta da Aveleda está fora do concelho. Penafiel baba-se toda com a Quinta da Aveleda e a Quinta da Aveleda está-se nas tintas para Penafiel. Pelo menos é o que passa para o exterior. Basta a gente lembrar-se daquele concurso fantoche das "Maravilhas de Penafiel", numa iniciativa dos Rotários, em que a Junta de Freguesia desta cidade apresentou a Quinta da Aveleda como o nosso maior ex-líbris. E o vencedor foi... a Quinta da Aveleda, embora ninguém tivesse mostrado os resultados dessa eleição.

Só mais uma coisa: eu gostava de saber se existe algum documento de compra, de venda ou de doação sobre um valioso cruzeiro que existia junto à Igreja da Matriz e agora está completamente degradado no meio daqueles verdejantes e frondosos jardins. Como é que lá foi parar? Eu não sei. Mas sei que quem era presidente da Câmara Municipal de Penafiel, nessa altura (segunda metade do século XIX), era Manoel Pedro Guedes, precisamente o proprietário da Quinta da Aveleda...