MEU QUERIDO MÊS DE AGOSTO...

Eu nasci em Agosto. Mas detesto Agosto. É o mês que melhor reflecte aquilo que nós somos. Festas parolas, procissões por todo o lado, música pimba a dar c´um pau e a maior filha da putice que são as touradas. Não incluo aqui aqueles festivais por exemplo do Sudoeste, de Paredes de Coura e toda uma panóplia de festas onde acorre a juventude portuguesa. Nestas, há apenas alguns excessos nos copos.
Se repararem bem na foto de cima, eu vejo dois tourinos do CDS, o João Almeida e o Ribeiro e Castro, pelo menos que eu conheça. A direita gosta disto. A direita é sanguinária. A direita não presta. Basta não esquecer o que aconteceu há dias no parlamento em que a direita, incluindo o PS, votaram contra um diploma do BE para eliminar  as transmissões de touradas na TV. 
Por cá, por Penafiel,  Antonino de Sousa e Adolfo Amílcar do CDS,  Alberto Santos e Alberto Clemente do PSD, também gostam de touradas.  Quando passar por eles vou-lhes perguntar se gostariam que lhes espetasse apenas um alfinetinho no cachaço. 
Não que dói... porra!...
Para saberem o que penso sobre as touradas e tudo o que seja maltratar animais, eu prefiro regenerações assassinas de centros históricos de cidades com quase 250 anos, do que a aplicação de bandarilhas no corpo de um touro. Prefiro que deitem abaixo a Igreja da Misericórdia, a Matriz ou o Sameiro, do que saber que na Agrival vai haver uma tourada como já houve. Deixem os animais em paz e vão dar uma volta ao bilhar a ver se ele é grande.
Claro que quando digo que preferia que o Sameiro, a Matriz ou outro monumento qualquer fosse abaixo do que haver maus tratos animais, eu preferiria muito mais a destruição total e inequívoca de todas as praças de touros, menos uma: a do Campo Pequeno que seria para lá meter os aficionados desta chacina animal. Não cabiam lá todos, mas esperavam pela sua vez, para sentirem que quem com ferros mata, com ferros morre...