A feira de S. Martinho, que se estende pelas ruas da cidade de Penafiel,
entre os dias 10 e 20 deste mês "acastanhado", para incómodo dos seus
habitantes, e para gozo de outros, não serve só interesses poéticos e brejeiros
num qualquer concurso de quadras, que rimam invariavelmente, com vinho. Arrasta
consigo, sobretudo, durante esta quinzena, a balbúrdia, instala a confusão, e o
desrespeito pelos residentes, que nesta maré, são abandonados, esquecidos,
desprezados pela autarquia e até pelas forças da ordem. O caos provocado pela
massa de gente que se desloca a este evento anual, em euforia festiva, e pior ainda,
pelo estacionamento à balda das suas viaturas de todos os volumes, sem que
alguém fiscalize ou discipline, faz com que os moradores acabem impedidos ou
sejam sequestrados nas suas casas, pois não se podem deslocar em transporte
próprio, para as suas tarefas quotidianas ou numa qualquer urgência, uma vez
que os acessos de entrada ou saída das suas casas, estão-lhes barrados pelos
carros forasteiros, impedindo-os assim de abrirem os portões da garagem onde
moram, de nada valendo proceder a queixa junto das autoridades locais, quando
solicitadas a intervir, que não podem fazer nada, justificando-se que estão
requisitadas para prestar outra função, ou nem sequer atendem, como é o caso da
polícia municipal. Chamar a esta confusão, "festa", vai lá vai! Eu chamo-lhe
bebedeira.
Joaquim A.
Moura - Penafiel
Nota. A Rádio Clube de Penafiel também alinha no velho erro de contagem de dias de feira:
"Como habitualmente, durante dez dias, a velha Arrifana do Sousa recebe inúmeros forasteiros numa das mais concorridas e antigas feiras do País."
Também na RCP contam pelos dedos...
ResponderEliminarAlbino Magalhães