Poupar para mim significa
cortar, retirar, restringir, diminuir, tirar à boca até. Hoje está na moda
poupar e não acredito que alguém o possa fazer sem ter de passar pior. Só poupa
quem tem para poupar. Quem põe de lado algum dinheiro é sinal que nem tudo está
mau no meio desta crise. As câmaras municipais, por exemplo, agora andam a
poupar energia. Só agora é que descobriram que andavam a gastar demasiado, não
só energia como tudo o resto. Já não há
vacas gordas há muito tempo, mas mesmo assim gastou-se, esbanjou-se, estragou-se dinheiros públicos que é de levar as mãos à
cabeça e agora andam a retirar
luminosidade às cidades, colocando-as às escuras proporcionando assim uma
escuridão de fazer tropeçar um cidadão nas pedras da calçada.
Vem aí o Natal e os municípios
que noutros tempos gostavam de construir a árvore mais alta do mundo para entrarem
para o guiness book, preparam-se agora para poupar uns míseros euros nas
iluminações natalícias, quando todos sabemos que nesta quadra festiva, é
necessário iluminar as principais ruas citadinas. Sem cair em excessos, em desvarios, o comércio
tradicional precisa dessas cores, dessa
atracção, dessa luminosidade para que o vejam melhor. Não se deve tirar as luzes, porque elas são os
olhos das cidades...
Texto publicado hoje no JN
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