sábado, 10 de novembro de 2012

SANTIAGO DE SUB ARRIFANA...


Pequena freguesia do extremo ocidental do concelho, muito perto das cidades de Penafiel e de Paredes, Santiago de Subarrifana é balizada, na sua área, pelos rios Sousa e Mesio. O nome da freguesia diz tudo sobre a sua história. Era uma pequena povoação abaixo de Arrifana, o nome que Penafiel tinha na Idade Média. Nessa altura, o seu termo pertencia à Honra de Moázares, que pertenceu a Egas Moniz, o aio de D. Afonso Henriques. De Egas Moniz, o seu termo passou depois, juntamente com o de Louredo, para a posse de D. Urraca Viegas, filha de Egas Moniz e ama da infanta D. Mafalda, filha de D. Sancho I. Segundo as Inquirições de 1220, ordenadas por D. Afonso II, o território da actual freguesia de Santiago de Subarrifana estava integrado no arcediago de Penafiel. Em termos eclesiásticos, era um curato da apresentação da reitoria de S. Martinho da Arrifana. Já nas Inquirições de 1258, por pertencer à Honra de Moázeres, como antes se disse, os seus moradores estavam isentos do pagamento do foro. Durante parte da sua história, esteve anexa à paróquia de antiga freguesia de S. Tiago de Louredo, que hoje já não existe. Chamava-se então Santiaguinho. Em meados do século XVI, alcançou a autonomia eclesiástica, sendo construída uma Igreja Paroquial para o culto da população. Segundo as «Memórias Paroquiais» de 1758, a paróquia rendia vinte mil réis de côngrua e de pé de altar, um valor relativamente baixo. A Igreja de S. Martinho de Penafiel era a beneficiária. O desenvolvimento que alcançou permitiu-lhe obter a autonomia administrativa a 6 de Março de 1934. O património edificado da freguesia inclui a Igreja Paroquial de Santiago. Um edifício simples e de pequena dimensão, com campanário adossado ao lado direito da fachada. Foi restaurado de forma impecável há alguns anos. A Quinta de Monterroso é constituída por um solar setecentista, que já conheceu melhores dias. Edifício de três pisos, sendo que o último deles é ligeiramente recuado em relação aos anteriores. Sobressai, na fachada central e lateral, o grande número de janelas simétricas. A Ponte sobre o rio Sousa é uma ponte românica de três arcos. Toda em pedra, serviu durante muitos séculos as necessidades da sua população. Referência ainda para umas Alminhas datadas de 1785. Um pequeno e singelo monumento, todo em pedra. Vale, sobretudo, pela sua antiguidade. Os açudes do rio Sousa, os velhos moinhos e as margens do Sousa e do Mesio também têm interesse turístico.

In Retratos e Recantos

E se o Sr. Presidente da Junta de Santiago votou a favor da extinção da sua própria freguesia, na recente Assembleia Municipal de Penafiel? O que devem fazer os santiaguenses? 

2 comentários:

  1. Se ele votou a favor e parece que sim, devia ser corrido da Junta

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  2. infelizmente esse presidente da junta é do grupo dos desterrados políticos que chegam a terra dos outros e desfazem as origens de um povo

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