domingo, 11 de dezembro de 2011

A Regeneração Urbana de Penafiel...


O texto que se segue pintado de vermelho, é de autoria do professor e poeta Joaquim Amândio Santos, publicado na última edição do jornal Imediato: 
"Percorrem estas minha palavras o seu "caminho das pedras" enquanto confortavelmente viajo numa moderna carruagem do não menos moderno Metro do Porto. A minha mente não resiste e coloca no escaparate da minha lembrança o mupi na estação de Manuel Becerra, destacando ser o Metro de Madrid "um dos melhores do mundo".
Bem se-lo-á pela eficiência notável que testemunhei nas oito viagens que fiz em plena estada na capital vizinha. Só se for mesmo por esse "pormenor negligenciável" do serviço feito pois, numa fria e calma comparação com o seu congénere portuense, sairá derrotado e mesmo humilhado no que respeita à pompa quase "skate of the art" que o trem citadino tripeiro ostenta numa demanda pelo favor das musas da elegância extrema sempre presentes: elas são as carruagens com bancos almofadados e design contemporâneo, elas são os percursos imaculadamente ajardinados e o mobiliário urbano de topo, elas são as estações de autor, transformadas em "minis casas da música", cuja construção deverá ter obedecido ao saudável (...) princípio de gastar à tripa forra o que se tem pois o luxo é essencial!
Em Madrid, essa capital imperial de um antigo forte Império, nada disso vi, nem nas linhas mais recentes: estações limpas e funcionais, comboios modernos mas espartanos, mobiliário aceitável quanto baste, mesmo nas linhas mais recentes..."
Porque razão estou a usar este texto de Amândio Santos? Servi-me dele para o aplicar àquilo que se vai fazer em Penafiel na regeneração urbana: luxo, ostentação, megalomania e um gastar à tripa forra tão comum nestas paragens. Em vez de se aplicar as verbas no essencial, lá vão milhões para o acessório. Com a agravante da  edilidade ter um défice a rondar os quarenta milhões de euros.
Já o disse e volto a dizer: Há coisas em que estou de acordo nesta "regeneração", mas também há outras que não estou nem um bocadinho, nesta "onda destruidora" que se promete para o próximo ano nesta indefesa cidade. Indefesa sim, das garras de um slogan "Sentir Penafiel" que mais não é do que há de mais falso nesta terra. Há obras que se vão realizar que são autênticos crimes contra o património da cidade. Nesta câmara municipal já é uso e costume trocar-se o SER pelo PARECER. Desenganem-se aqueles que me rotulam de "velho do restelo". Não sou do Belenenses, sou portista de alma e coração. Aliás estou-me nas tintas para quem me cola um selo desses nas costas. Sim nas costas, porque na cara ninguém tem coragem para o fazer. 
Claro que voltarei a este assunto porque elas, as obras, já estão aí...

4 comentários:

  1. pois e o senhor quando fala mal de alguem não o diz na cara. alias, se passa por eles, vira a cara para baixo

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  2. Está enganado meu caro anónimo. Normalmente eu não falo mal de alguém, pelo menos de Penafiel. Quando falo é de alguma coisa que me pareça não estar correcta.É um direito que me assiste e a qualquer cidadão desta terra.
    Já falei muitas vezes mal das ideias de pessoas como por exemplo: Marco António Costa, Cavaco Silva, Passos Coelho, Paulo Portas, Miguel Relvas, José Sócrates e outros. Mas acontece que não passo por eles na rua. Mal os conheço pessoalmente. Com os políticos de Penafiel, cumprimento-os normalmente e nunca virei a cara para onde quer que seja. Nunca.
    O que já é mais complicado é comentar anonimamente, não é verdade?
    Podia apostar que este anónimo é uma bruxa chamada Paula Mota... porque não sabe escrever. Se eu estiver enganado o problema é seu. Diga quem é. Identifique-se porque o anonimato é cobardia...

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  3. Nao me chamo Paula, a unica paula que conheço é a minha filha.
    visito o seu blog ja ha muito tempo e era ja leitor do seu jornal
    acho que as vezes voce se devia conter mais, pode criar vários atritos, quanto ao senhor cumprimentar os politicos de penafiel, nao me parece pois na apresentaçao da regeneraçao o que o senhor menos fez foi cumprimentar alguem

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  4. Meu caro anónimo, se não tem nada de importante para dizer sobre o que eu aqui escrevo no blogue, remeta-se à sua insignificância. Ser ou não contido, acho que já o estou a ser consigo porque senão já o tinha passado à letra efe...

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