domingo, 21 de agosto de 2011
PENAFIEL E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL (8)
Em Dezembro ainda do mesmo ano de 1939, o concelho de Penafiel viu-se envolvido numa euforia nacionalista. O padre, poeta e escritor Moreira das Neves, natural de Paredes e chefe de redacção do jornal "Novidades" de Lisboa, fazia um apelo para que todas as freguesias de Penafiel se juntassem no sentido de levantar no ano de 1940, que se avizinhava, um cruzeiro da Independência com letras gravadas a ouro para comemorar a Restauração de Portugal. Este cruzeiro seria erigido em todas as freguesias do concelho de Penafiel.
Na Finlândia, o avanço inicial russo acabava com um travão que ensombraria o mundo. A linha defensiva Mannerhein, no istmo de Carela, suportava a pressão soviética e os finlandeses infligiam grandes perdas nos russos. Atacavam os carros de combate utilizando granadas incendiárias: os cocktail molotov. Durante a noite de 16 de Dezembro, um golpe de mão finlandês deixava fora de serviço 70 carros de combate russos. Os finlandeses aguentavam os soviéticos a 30 graus negativos. Apesar dos ataques russos, a primeira batalha acabaria com a derrota do Exército Vermelho. Os soviéticos viram-se obrigados a retirar.
Quem não se retirou foi uma multidão de operários que se pespegou junto a uma das centrais e concorridas igrejas de Penafiel (não se apurou qual), batendo com ferros na aparelhamento de pedra. Semelhante "música" tornou-se herética aos olhos e ouvidos dos passantes e moradores. O autor da notícia terminava dizendo que se fosse o 1º de Maio, então a música seria outra... nem que não houvesse pão para a ceia. A censura não deixou que se soubesse o motivo de tal chinfrineira.
Continua...
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