domingo, 12 de fevereiro de 2012

A GNR...


Sábado, 11 de Fevereiro, 14,30 horas. Um carro da brigada da GNR, estava estacionado na praça dos táxis do lado da Igreja da Misericórdia. Eu acho que não devia estar ali estacionado, até porque tinha muito e outros espaços para estacionar. Estava em transgressão. Mas parece que não. Eles podem estacionar onde quiserem, segundo dizem.
Eu circulava no passeio da Câmara Municipal em direcção ao Café da Sociedade, e vejo alguns automóveis a passar lentamente em sentido sul / norte, isto é, em direcção, por exemplo ao campo da bola ou à rua Soares de Moura. Esses carros até pararam  para deixar alguns peões atravessar na respectiva passadeira. 
De repente eu também parei, ao ver um agente da GNR a sair disparado do seu carro patrulha e a apitar ,  para que um determinado condutor encostasse e parasse. Fiquei ali parado a olhar para o agente e para o carro que não ligou, ou não ouviu os sinais sonoros da autoridade. Por mais apitadelas que o GNR desse, o carro não se deteve, continuou a sua marcha lenta. Então o empertigado agente correu para a sua viatura, rapou de um bloco e não escreveu uma carta de amor. Com certeza que anotou a matrícula do tal carro que lentamente atravessou a Praça Municipal. Não sei como ele conseguiu vislumbrar a matrícula, porque o carro apesar da lentidão da sua marcha, cada vez se distanciava mais. 
Eu não sei qual a infracção que aquele condutor estaria a cometer. Estaria a conduzir e a falar ao telemóvel? Pareceu-me que não. Estaria a conduzir sem o cinto de segurança? Não sei. Só sei que ali houve algo que a mim me meteu nojo. Só faltou disparar sobre o carro. O espectáculo, o festival de apitos e o excesso de zelo protagonizados pelo agente, explica a "caça à multa" que será a razão de existir desta força de autoridade, que não presta o tal serviço público para que devia estar vocacionada.

Esta história fez-me lembrar um episódio rocambolesco: Quando eu tinha sete ou oito anos  fui, com mais dois amigos da mesma idade, levado por um soldado da GNR,  à presença de um Juiz no Tribunal, que funcionava na actual Biblioteca, por andar a jogar a bola atrás da Câmara, que era onde eu morava.
Ainda me recordo das palavras do Dr. Juiz: "ide lá embora que eu vou ver se vos arranjo um campo de futebol". O soldado da GNR ficou bastante zangado com o desfecho desta história. Ironia do destino: este soldado da GNR é o senhor meu sogro, que tem 92 anos. Riu-se quando há tempos lhe lembrei desta história...

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