domingo, 4 de março de 2012

O 3 DE MARÇO EM PENAFIEL...


Ontem, dia 3 de Março, fui ao Museu Municipal. Já lá não ia há bastante tempo. Realizaram-se lá parte das comemorações da elevação da vila de Arrifana de Sousa a cidade com o nome de Penafiel. 
Foi lançado um livro sobre o Corpo de Deus de Penafiel, cujo autor é de Torres Vedras. Custava 25 euros. É evidente que não comprei. Não sei se é caro, mas sei que é muito dinheiro. Fico com a impressão que nesta terra fazem-se coisas inacessíveis aos penafidelenses. Acho que a Câmara Municipal deveria tomar conta desta publicação e colocá-la aos dispor dos cidadãos interessados por um preço mais acessível. Não era preciso disponibilizar muitos milhões para isso.  Assim não. Cinco contos? Isso é que era bom. E depois sobre o Corpo de Deus penafidelense eu, já sei o suficiente. 
Se calhar o autor da obra em questão não sabia, por exemplo que Arlindo Alves, ex-cobrador do FC de Penafiel e pai do meu amigo António Arlindo, ex- director do "Notícias de Penafiel" foi o proprietário e o maior dinamizador do Baile dos Pausinhos. Depois eu próprio (e não só eu) tenho comigo as letras dos Bailes dos Alfaiates e dos Sapateiros, que não foram focados na intervenção de José Alberto Sardinha, autor do livro.  Devo dizer também que o Baile dos Pretos não devia ser recuperado. Este Baile existiu num contexto histórico temporal que não escandalizava as consciências das pessoas, pela letra ter conteúdo racista.  Hoje o Baile dos Pretos não faz sentido.
Terminada a apresentação do livro, seguiu-se a constituição de nova mesa de honra. Então senti que estava na hora de eu ir embora. Era chegada a vez da cerimónia de atribuição de medalhas de ouro de mérito. Tirando uma ou duas medalhas bem atribuídas, a maioria das atribuições não tinham grande sustentabilidade. Na minha opinião, claro.
O que eu não percebi foi a nova composição da mesa de honra. Foi chamado o deputado Mário Magalhães em detrimento de Susana de Oliveira. Porque? Por ele ser deputado? Hoje qualquer "Zé da Esquina" faz parte da Parlamento. Se calhar foi substituir Susana de Oliveira que, essa sim, enche uma mesa, com sua juventude, com a sua beleza, com os seus argumentos, com a sua postura. Gosto de facto desta vereadora.
Mas eu já não estava lá para testemunhar tamanha inlucidez.
Saí do Museu, não sem antes ter perdido um tempão à procura do meu guarda chuva. Estive quase a levar comigo um qualquer, de preferência  melhor que o meu. Nunca tinha visto tantos guarda chuvas juntos. Parecia uma feira deles. Achei graça ao colorido do guarda-chuveiro. Afinal toda a gente aspirava e rezava pela chuva e depois que ela veio já andavam com medo dela... 

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