Raf Park. Lindo nome. Mais uma parolice a dar à estampa. Mas foi o que atribuíram a um futuro parque de diversões que abrirá já em Junho em Matosinhos e no próximo ano em Penafiel. Parece que o investidor é penafidelense. Chama-se Manuel António Ferreira e é muito próximo do Presidente da Câmara Municipal de Penafiel, Alberto Santos.
Se abrir uma coisa destas em Matosinhos já é concorrência à Bracalândia, o que dizer da abertura de algo igual em Penafiel, junto ao nosso Parque da Cidade?
Anda para aí muita gente baralhada das ideias. Só pensam em diversão quando o país atravessa uma fase da sua vida extremamente difícil. Estão à espera de quê? O presidente da Câmara de Matosinhos já diz que vai receber não sei quantos milhares de visitas por ano. Quem serão essas visitas? Devem ser as mesmas que estavam previstas para visitar a Bracalândia em Penafiel e depois deu no que deu.
Porque razão este políticos não investem em algo que dê trabalho às pessoas e com isso ganharem dinheiro e poderem fazer face às despesas que se agravam todos os dias? Estes autarcas só estão interessados em forrobodós, mais nada.
Que país é este que está praticamente insolvente e só pensa em "brincadeiras"? Será para combater a depressão? Então está bem...
Caro Fernando,
ResponderEliminarEm primeiro lugar um esclarecimento: O espaço previsto para Penafiel é uma praia artificial (algo que julgo poder interessar aos habitantes de Penafiel).
Em segundo lugar lamento que tenha uma opinião tão pessimista em relação aos espaços de diversão (sim, também li o seu artigo acerca do Magic land).
Em relação às expectativas de visitas ao RAF Park posso garantir que uma equipa altamente competente está a tratar de desenvolver sinergias e parcerias que garantam o nº. de visitantes previstos e que junto a entidades e empresas temos sido muito bem recebidos.
No que concerne a questões laborais o RAF Park irá dar emprego a cerca de 60 pessoas. Parece-lhe mal?
Cordiais Cumprimentos,
Rui Vale
(Direcção de Marketing RAF Park)
Sr. Rui Vale, este seu comentário vem com um atraso de 3 meses. Praticamente ninguém o lê. Devo dizer que não acredito no sucesso da Magicland e muito menos no RAF PARK. Quanto ao número de visitantes previstos, as contas normalmente saem furadas. Quanto ao número de empregos que a RAF Park, oxalá tenha razão. A Bracalândia também ia dar não sei quantos empregos e no fim viu-se. Ainda agora para terminar as obras na MagicLand, a empresa responsável por tal equipamento recorreu a funcionários da Câmara Municipal. Porquê?. Sr. Rui Vale porque razão o Sr. não aposta em meia dúzia de fábricas para Penafiel, para com isso disfarçar muita miséria que grassa nesta região. Acho que a aposta em parques temáticos e praias postiças serão apostas falhadas. Oxalá que esteja enganado, sinceramente.
ResponderEliminarMuito obrigado por ter vindo ao meu blogue.
Desejo-lhe os maiores êxitos
Cordiais saudações
Fernando Beça Moreira
Caro Fernando,
EliminarEm relação ao atraso nada posso fazer pois só no sábado tomei conhecimento do mesmo.
No que toca à direcção do investimento posso esclarecer que os investimentos no turismo estão, neste momento, cotados ao mais alto nível (caso assim não fosse, julgo que o grupo não teria tomado tal rumo). Falo com conhecimento académico e prático.
Porque não em fábricas? Muito simples! Não somos competitivos face à produção no oriente.Infelizmente (ou felizmente) o nosso país tem dois caminhos a seguir: Tecnologia e/ou turismo. O turismo é exportação sem custos inerentes à mesma.
Tecnologia? Talvez...
Independentemente do direccionamento dos investimento julgo ser importante não perdermos a esperança no nosso potencial e no nosso futuro.
Aproveito para esclarecer que o investimento não é meu e sim de um cidadão de Penafiel: Engº. Manuel Ferreira. Sou um dos afortunados colaboradores que abraçou este projecto de raiz.
Cordiais cumprimentos,
Rui Vale
(Direcção de Marketing RAF Park)
Amigo Rui Vale, gostaria que todas as "investidas" no turismo em Penafiel, tivessem êxito, contribuíssem, para o desenvolvimento desta terra. Mas fico com a impressão de que apostar neste tipo de turismo, é apostar no folclore (não propriamente dito), é apostar em algo completamente desenquadrado das verdadeiras realidades desta terra, do Norte e até do país. Vou-lhe dar um exemplo: acha que um cidadão que tenha um rendimento de 378 euros por mês, vai ter possibilidades de frequentar empreendimentos dessa natureza? Estou a falar de mim, mas esta realidade é estensível a muitíssimos milhares de cidadãos deste país. Este país está falido e sem ideias. Estas apostas nestes equipamentos de lazer, num país deprimido, é gozar com a pobreza (passe a expressão). Dois parques temáticos e uma piscina neste concelho é um absurdo. O que esta terra necessita é de trabalho, é de emprego para uma maior qualidade de vida das pessoas, que mal ganham para pagar as suas despesas nas farmácias, nas mercearias. Fico com a impressão que o Eng. Manuel António, o presidente da Câmara Alberto Santos, não querem ver essa realidade. O Sr. Rui Vale pode dizer que temos de ser positivos e tentar dar a volta. Sim senhor. Mas o problema é a falta de dinheiro que vai nos bolsos dos cidadãos. Essa é uma verdade a que não podemos fugir.
ResponderEliminarSenhor Rui Vale, convidar os "tesos" a passar uma boa tarde nesses equipamentos turísticos, não me parece uma atitude equilibrada.
Repare, acha que a MAGIKLAND tem viabilidade, com entradas a custar 15 euros? Acha que eu, a minha esposa, o meu genro, a minha filha e a minha neta, vamos dar 60 euros para dar umas voltas lá dentro? Não meu caro Rui Vieira. estes equipamentos são para ricos e o que há mais nesta terra é pobreza.
A minha terra está-se a tornar de plástico. Sem coração, sem alma. Quer mostrar ao mundo aquilo que não é...
Cordiais saudações
Fernando Beça Moreira