A RTP é o tal canal que recebe do Estado, ou seja dos bolsos dos contribuintes, muitos milhões de euros, todos os anos. É o tal canal das dez touradas, zero óperas, zero bailados, uma sessão de teatro por ano (no dia Mundial do Teatro), muitos concertos musicais no programa “Palcos” às duas da manhã, muitas sessões cinematográficas repetidas até à exaustão e alguns critérios difíceis de entender. Nos últimos tempos, eu não consegui ver os concertos de, por exemplo: Carlos do Carmo a cantar Frank Sinatra; o mesmo cantor com Bernardo Sasseti; Diana Krall; Plácido Domingo, etc, etc, que foram para o ar às tantas da madrugada, mas tive a oportunidade de assistir ao fim da tarde de um domingo destes, ao grande concerto do Tony Carreira, no pavilhão Atlântico. Delirei com tanta felicidade. Não cabia em mim de tão contente.
Poder-se-á dizer que as coisas da cultura é com o canal 2 da mesma RTP. Só que não é verdade, porque este canal já é conhecido como o canal das séries. Este, está tão vergado ao peso das séries americanas, que às vezes até conseguimos acompanhar a série “24”, quarenta e oito horas seguidas de violência gratuita. De facto, nenhum destes canais coloca no ar um serviço público que era suposto praticarem. E recebem dinheiro para isso.
Até no desporto a RTP está moribunda. Deixaram cair as corridas da Fórmula 1, deixaram fugir a Volta a França, não sei o que se passa com as eventuais transmissões do basquetebol português. Para acompanhar a Volta a Portugal em bicicleta, temos que levar com doses industriais de pimbalhices. Para não falar do futebol, que desapareceu pura e simplesmente. Entretanto vamos enchendo a barriga com mais do mesmo, durante anos e anos. Concursos e mais concursos, hoje amanhã e sempre. O “Preço Certo” é como as pilham que duram, duram, duram…
Já não há pachorra.
Então para onde vão os quase trinta e cinco milhões de contos provenientes dos impostos de quem trabalha? Vão para os seus funcionários, denominados pomposamente de pivots, que auferem mensalmente o dobro do nosso primeiro ministro e para patrocinar a “montaria ao javali” da casa do pessoal da RTP.
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