terça-feira, 11 de janeiro de 2011

A "PERSONALIDADE DO ANO" segundo o jornal Verdadeiro Olhar - capiítulo 8

Senhor Director do jornal "Verdadeiro Olhar"

Eu queria ainda falar da faceta literária de Alberto Santos.

O senhor diz que o livro tem sido apresentado por grandes figuras nacionais. Olhe se todas forem como o Francisco José Viegas ou Alfredo de Sousa, Alberto Santos anda muito mal acompanhado. Não sei se sabe quem é este Francisco José Viegas. Se não sabe eu digo-lhe. Este senhor é um pró israelita, anti palestiniano e pertence a um grupo constituído por, repare neste friso de personalidades: Vasco Graça Moura, Pacheco Pereira, José Manuel Fernandes e Durão Barroso, que aplaudiram a invasão do Iraque, jurando a pés juntos que viram armas de destruição maciça em terras de Saddam. Um lindo ramalhete para decorar uma sala da impunidade.

Na apresentação na Biblioteca quem apresentou a obra, foi Alfredo de Sousa, um conhecido intelectual da nossa praça, que há dias num jornal local, não teve pejo em qualificar um bairrista de pacóvio. Eu enfiei a carapuça, porque sou bairrista. Não sei se Alberto Santos fez o mesmo, porque ele também o é. Ele disse-mo numa entrevista ao meu jornal em 2005. É gente deste calibre que acompanha Alberto Santos…
Diga-se também que a primeira apresentação do romance “A Profecia de Istambul” no Shopping, mais pareceu um comício do PSD. Não fica bem a ninguém.

Quanto ao livro propriamente dito, não posso dizer nada. Não o li. Mas acredito que seja um bom livro como foi o primeiro “A Escrava de Córdova”. Desta vez vou comprar, quando tiver dinheiro para isso, o “Anjo Branco” de José Rodrigues dos Santos, porque é baseado na vida de seu pai, o penafidelense José da Paz, que eu conheci.

Ainda nesta matéria, o senhor também diz que o escritor penafidelense faz questão de separar as águas. Ora aí é que está o grande mal de Alberto Santos. Estamos diante de duas personagens. Uma o escritor que eu considero muito bom e outra o autarca que eu não considero bom. Nada bom mesmo.

Saramago disse em Penafiel na Escritaria de 2009, que para onde ia o escritor ia também a pessoa, o cidadão. Alberto Santos infelizmente não é assim. Lamento que assim seja. Porque se o autor da “Profecia de Istambul”, fosse o mesmo que dirige os destinos de Penafiel, esta terra não seria vítima de tantos atentados culturais, patrimoniais, históricos e urbanísticos. Não vale a pena estar aqui a desenvolver esta questão. Já falei nela um milhão de vezes.
Depois como é que um homem de letras, um cidadão de cultura que é presidente da Câmara de Penafiel há dez anos, não se lembrou de realizar uma sequer, Feira do Livro. Há aqui algo que não bate certo.

A Associação Empresarial de Penafiel, nos dois últimos anos, realizou duas Feiras do Livro. Devo dizer que na de 2009, Alberto Santos esteve presente. Era ano de eleições. Na de 2010, ninguém o viu. Não era ano de eleições.

Em 2009, esteve presente na apresentação do livro de Júlia Mota, porque era ano de eleições. Mas em 2010, não esteve presente na apresentação do livro de Afonso Leal, uma pessoa muito leal a Penafiel, porque não era ano de eleições. Se estivesse presente aperceber-se-ia de um facto trági-cómico . Afonso Leal foi “corrido” do Museu para fora, porque estava na hora de este fechar. Afonso Leal teve de autografar sem as mínimas condições, alguns livros, no átrio do melhor museu de Portugal.

Eu sei que Alberto Santos não é omnipresente, não pode estar em todo o lado por falta de tempo, mas consegue disponibilizar um ror de tempo para as milhares de apresentações do seu segundo trabalho literário. Custa-me aceitar essas dualidades, esses critérios.
Estas são algumas verdades que o Senhor Director do Jornal “Verdadeiro Olhar” desconhece. Desconhece o senhor e desconhece a equipa de jornalistas que o acompanha.

Continua...

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