terça-feira, 11 de janeiro de 2011

A "PERSONALIDADE DO ANO" segundo o jornal "Verdadeiro Olhar" - Capítulo 5

Senhor Director do jornal Verdadeiro Olhar

Não me faça falar na “Escritaria” em Penafiel. Aquilo que podia ser uma festa da cultura, mais não que é a cultura da festa. Aliás é a imagem de marca da edilidade bem conhecida na região. Aquilo, é uma feira de vaidades. Essa não é a verdadeira cultura, porque não está ao serviço das populações, mas apenas ao dispor de alguns intelectuais de trazer por casa. Casa penafidelense, entenda-se.

Tenho alguma relutância em falar sobre as Escritarias, porque se calhar estarei de acordo com algumas vozes, que dizem que esta iniciativa cultural foi inventada pela autarquia para servir de rampa de lançamento para o escritor Alberto S. Santos que estava a despontar. A “Escritaria” paga com dinheiros públicos, funcionou ou funciona para o autor de “A Profecia de Istambul” como sua promoção, a sua entrada no panorama literário português.

Ainda em relação à Escritaria, o Sr. Director não devia tecer grandes comentários. Quando o senhor diz que foram três escritarias, para o seu jornal só foram duas. Porque o senhor e o seu jornal ignoraram ostensivamente a vinda do “anti-cristo” José Saramago a Penafiel. Eu sei que o senhor é muito católico. Vai à missa todos os dias e não vai com a cara do Nobel da Literatura português. O senhor faz-me lembrar o Sousa Lara. Cruzes canhoto!

 
 Sobre a Bracalândia, que Alberto Santos considerou como um acontecimento que só acontece de cem em cem anos, o que se me oferece dizer é que, ou me engano muito, ou vai ser um fiasco de todo o tamanho. Ainda há pouco tempo veio a lume que a administração do “Paraíso da Brincadeira, não tinha dinheiro para pagar salários. O que se passa com a tão propagandeada atracção turística e bandeira de Alberto Santos para as eleições de 2009 que, dizia ia receber 350 mil visitantes por ano? Até pode vir a ter essas visitas todas, mas é se a Câmara fizer o que já fez: pagar os bilhetes de entrada para a malta das escolas. Vamos ver o que aquilo vai dar, mas se calhar vou dar razão ao Mesquita Machado de Braga, quando quis ver-se livre de semelhante mastodonte.


Já agora eu pergunto-lhe: está de acordo com os preços de entrada no dito parque temático? 18 euros? Não acha que é demais para uma espécie de S. Martinho um pouco mais favorecido? Será que com esta crise, a sua afluência vai aumentar? Parece que já estou a ver as pessoas sem paciência para aguentar tantas horas na bicha para tirar bilhete de ingresso. Assim uma espécie de Expo/98.



Continua...

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