Com esta rubrica, pretende este blogue dar a conhecer aos seus leitores visitantes, pequenos e pitorescos episódios da nossa terra enquanto decorria na Europa esse grande “monstro” que foi a Segunda Guerra Mundial. É uma rubrica muito longa. Alguns dos meus amigos que aqui me visitam, já a conhecem pois já publiquei no Jornal 3 de Março alguns episódios, tendo ficado até longe do fim. São cerca de 60 pequenos textos, tantos quantos foram o número de meses que durou a guerra. vamos ver o que isto vai dar...
Não se trata de fazer qualquer tipo de análise exaustiva ao conflito que abalou o mundo entre 1939 e 1945, pretende-se apenas e só colocar no mesmo tempo e em espaços diferentes, a pacatez quotidiana de uma pequena cidade como Penafiel e os anos de terror que marcaram negativamente o século vinte e a própria humanidade.
Por exemplo, em Março de 1938, Hitler com as ideias um tanto conturbadas pelos propósitos que mais tarde se vieram a revelar, já anexava a Áustria e em 1939 a Checoslováquia, enquanto isso, longe dali, concretamente em Penafiel a "segunda cidade do distrito do Porto", a frase mais escrita nos cadernos nos meus tempos de aluno da primária, numa atitude de tacanho bairrismo, vivia-se um clima de euforia. Era solenemente inaugurada a nova rede de luz eléctrica na cidade. No átrio dos Paços do Concelho, organizou-se um cortejo no qual tomaram parte, a Câmara Municipal, os Bombeiros Voluntários, Legionários, agremiações com os seus estandartes, uma banda de música e grande número de pessoas. O cortejo percorreu as ruas de Penafiel sendo levantados calorosos vivas à Câmara, ao Estado Novo e ao Dr. Avelino soares, presidente da União Nacional do concelho de Penafiel. A comissão de festas embandeirou todas as ruas onde foi inaugurada a nova iluminação. Foi ainda queimado muito fogo de artifício. Este melhoramento da cidade de Penafiel foi muito caro. Mas para fazer face a tal despesa, o custo da energia subiu 20 centavos por quilovate.
Continua...
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