Temos assitido nos últimos
anos um pouco por este país a algumas regenerações de centros históricos de
históricas cidades. Só que algumas regenerações, só o são no nome, porque na
prática são autênticas destruições.
Para só falar em três, que foi
a conta que Deus fez, lembro o Porto,
Guimarães e a minha cidade de Penafiel.
No Porto, a regeneração urbana
que fizeram, mais não foi que a destruição da Avenida dos Aliados, deixando
muitos portuenses sem pouso nem repouso, quando lhes transformaram a sua “sala
de visitas” num deserto.
Em Guimarães, nem o D. Afonso Henriques valeu para travar a destruição do Largo do Toural,
a pretexto de uma luxuosa, pomposa e caríssima Capital Europeia da Cultura.
Quanto à minha cidade de Penafiel,
neste momento está a sofrer um “atentado”
paisagístico, que nunca por nunca se sonhou
vir a desabar com tal efeito destruidor. Nunca em tão pouco tempo se destruiu tanto património, tanta cultura,
tanta memória, tanta história.
Só para falar em três, que foi a conta que
Deus fez, as vítimas destes atentados, foram os jardins, a calçada à portuguesa
e as pessoas que com elas, tinham uma excelente relação de amizade. Foi brutal o que (des) fizeram na Avenida dos
Aliados e Praça da Liberdade na invícta cidade,
foi brutal a desertificação do Largo do Toural, no berço da
nacionalidade e está a ser brutal a
destruição dos passeios da avenida principal e Largo da Misericórdia na
albardeira Penafiel.
A pretexto de uma cidade
atractiva, inclusiva e para todos, em Penafiel estão a destruir memórias de uma
terra que pretendem que seja moderna e capaz de atrair turistas. Só que os
turistas não vão atrás de cidades modernas, vão atrás das cidades com história.
E à História de Penafiel já lhe começam a faltar páginas muito importantes...
Este texto de autoria de Fernando Beça Moreira
foi publicado (com alguns cortes) no JN de 05/05/12
Dizer "Nunca em tão pouco tempo se destruiu tanto património, tanta cultura, tanta memória, tanta história" das obras de requalificação é um exagero de todo o tamanho, para não dizer que é uma falsidade! Pode não gostar das obras que se estão afazer. Está no seu direito. Pode e deve, se assim o entende, criticar a cobertura do novo quiosque, ou criticar os novos passeios. Mas não invente falsidades! Quanto ao identificar-me como Zé das Iscas, o que é que tem contra as tascas tradicionais, as “rascas” como lhes chama? Mas o que é que interessa, o conteúdo do comentário, ou a identidade de quem o faz? Será que o meu comentário teria mais valor se me identificasse como Dr. Borboleta Qualquer Coisa, ou Eng. Faz Tudo?...
ResponderEliminarÓ Sr. Dr. Borboleta Qualquer Coisa, está no seu direito de dizer o que quiser. Mas não era melhor destapar a cara? Ao dizer que eu estou a dizer falsidades, olhe que não, olhe que não. Digo o que penso, em relação a pessoas que nesta terra fazem o que querem, o que ainda é pior. Porque palavras leva-as o vento, mas as obras de destruição maciça vão ficar pelo tempo fora. Não é verdade, Sr. Eng. Faz Tudo?
ResponderEliminarCumprimentos
Beça Moreira