Está aqui um cartaz bem feito. Gosto. Não sei se chega para recolocar Penafiel no mapa. Na génese eu não sou contra a Escritaria. Sou contra os seus propósitos e os seus objectivos mais imediatos. Para mim, cultura é formosura. A gente que sabe umas coisas, é mais bela, é mais bonita, é mais formosa e mais segura.
Mas esta história de Penafiel andar a homenagear e a promover grandes vultos da literatura portuguesa, parece-me resultar de um défice cultural local. Gosto de Lobo Antunes. Quem lê um pouco gosta com certeza deste autor, deste escritor. Só pelo facto de este evento ser cultural, não chega para eu vir cá para fora e aplaudir.
Já o disse uma vez e o Sr. Presidente da Câmara, Dr. Alberto Santos que me perdoe, se estou enganado, mas cheira-me a interesses pessoais do escritor penafidelense Alberto S. Santos, também um excelente romancista. A "Escrava de Córdova" e a "Profecia de Istambul" são prova disso. Digo isto baseado em que pressupostos? Nestes: a Câmara Municipal de Penafiel, acabou com o Prémio de Poesia Daniel Faria e despachou a Bienal de Pintura de Penafiel, porque não estão no mesmo hemisfério cultural, onde Alberto S. Santos se movimenta. Criou a Escritaria porque é onde se sente melhor, porque lhe está mais perto e através dela pode ir mais longe.
Não podemos negar alguma exportação do nome de Penafiel para fora. O programa televisivo "Câmara Clara", falará desta iniciativa. A "Antena 2" disponibilizará alguns minutos para tal evento, mas tenho sérias dúvidas se vale a pena, gastar os milhares de euros homenageando alguém, que já toda a gente conhece.
Termino dizendo que conheço autores penafidelenses, que nunca publicaram um livro porque não têm dinheiro para tal...
Quem da escritaria só vê a homenagem e a publicidade na imprensa está a perder o ponto de vista principal.
ResponderEliminarE qual é o ponto de vista principal?
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