É a opinião dele. De um cidadão de S. Martinho de Recesinhos: "Homenagearam este padre porquê? Este apenas fez o que devia e podia pelas freguesias onde esteve. Esta homenagem não é justa. Houve um padre antes dele que fez mais e nem sequer uma missa lhe rezaram. Esse padre, por exemplo, comprou do seu bolso uma quinta e um solar que pertenciam ao Estado e ofereceu tudo à freguesia de S. Martinho e hoje está esquecido".
Foi a opinião de um cidadão de S. Martinho. E a minha é a mesma de sempre. Nesta terra passam a vida a homenagear padres. Aqui há tempos, num 3 de Março passado, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Penafiel foram homenageados e medalhados meia dúzia deles. O padre Albano, por exemplo, até nome de rua já tem na cidade. Porquê? Mereceu? Não vou dizer o que eu sentia em relação a ele. Ele que me baptizou, ele que me fez duas comunhões, ele que me casou. Quem o conheceu de perto como eu o conheci, sabe bem do que eu podia dizer, mas por respeito não o faço.
Isto para dizer o quê? Para dizer que o meu amigo de S. Martinho de Recesinhos, com mais de 90 anos, foi vítima das pedras viradas ao contrário no Largo Padre Américo (isto hoje é só padres). Caiu e aleijou-se numa perna e num braço. Nesta terra é sempre as mesmas letras: padres e pedras. Sempre pelos piores motivos...
Uma palavra positiva para o autor da estátua. Acho que está ali um bom trabalho. Parabéns...
Foto do jornal Notícias de Penafiel
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