domingo, 24 de junho de 2012

ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE PENAFIEL (II)...


Há dias falei com um político do PS, sobre a última sessão da Assembleia Municipal de Penafiel que se realizou no dia 15 de Junho. Perguntei-lhe se era justo ter-se marcado uma sessão deste órgão municipal com apenas um ponto para discussão. A resposta foi que a reunião tinha que se fazer. 
Não fiquei, nem vencido, nem convencido. Continuo a achar que foi um roubo ao erário público. Independentemente deste problema ter de ser visto à luz da legalidade regimental, democrática ou coisa que o valha, eu vejo esta questão à luz da ética política. Se não há ética política, estamos conversados. Se há uma réstia de moralidade, então eu volto a carregar que os políticos de Penafiel, não servem a população desta terra, coisíssima nenhuma. 
Estou de acordo com esse militante socialista, quando diz que pior que ter feito uma reunião apenas com um único ponto da Ordem do Dia, é o facto de 95 por cento dos deputados apenas vão à assembleia buscar os 75 euros. Passam quatro, oito ou doze anos sem fazerem uma única intervenção, concretamente os senhores presidentes de Junta de Freguesia. 
De facto é verdade. Será que os presidentes de Junta não têm nada para dizer? Nada para reivindicar? Nem que seja dinheiro para a construção de mais uma capela mortuária. Os senhores presidentes de Junta deste concelho andam obcecados com este tipo de obras. Preocupam-se mais com os mortos que com os vivos. Uma casa mortuária para eles é a obra do século.
Queria dizer ainda que fico sempre desiludido, muito decepcionado com as intervenções do deputado Coelho Ferreira. Vem sempre com os parabéns ao executivo, seja por que motivo for. Como é  escritor, como é historiador, ainda não sei o que pensa da destruição de páginas de história desta cidade com a decorrente regeneração urbana. Nunca ouvi o autor de "Penafiel Há Cem Anos",  dizer o que quer que seja sobre o facto de Penafiel não ter há cerca de trinta anos uma sala de espectáculos digna desse nome. O mesmo podia dizer do professor e poeta Joaquim Amândio Santos. Silêncio total. Fico com a impressão que estes cidadãos não são livres politicamente. Têm as cores partidárias a condicionarem-lhes as suas posturas e as suas intervenções, quer dentro, quer fora do auditório da Assembleia Municipal. Lamento muito, mas que se há-de fazer? "Penafiel Quer" assim. Assim seja, que pela minha parte gosto mais de uma cereja... 

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