sábado, 16 de junho de 2012

A TÁCTICA



Chegou o momento de agradecer a Manuel José, Carlos Queirós, a Luís Figo e a Rui Costa, agentes desportivos com grande "mediatismo", que disseram o que qualquer um de nós disse, mas que são levados mais a sério e com outra ressonância. As suas declarações e as análises críticas feitas a tempo e horas, ao comportamento de todo o staff durante o estágio, e à prestação e entrega no jogo com a Alemanha no Campeonato Europeu de Futebol, provocaram uma onda tal, que foram necessários vários especialistas para averiguarem os seus efeitos de norte a sul do país. Desconfia-se porém, que Paulo-o seleccionador, e não o polvo, contava com o contributo deles, e aproveitou bem o know-how de tais intervenientes, para o introduzir na táctica aplicada contra a Dinamarca. O conhecimento desta ciência, que é o futebol, revelada por tais ex-personagens de topo no mundo da bola, ao provocarem a equipa das quinas, funcionou como incentivo, levou-a a níveis de entrosamento, de entusiasmo e de raiva, consideráveis, que os obrigou neste confronto decisivo contra os viking´s, a comerem a relva até ao apito final, e a almejada vitória foi conseguida. Esta táctica que contraria os prognósticos de qualquer bicho de campo ou de mar, está provado, é para ser levada com rigor e posta em prática nos próximos encontros que o futuro reserva aos audazes. E se ela dá como deu, resultado, que paralizou a Nação valente e desempregada, diante dos ecrâs, erguidos e pregados por tudo quanto é Praça nas cidades e vilas, vamos lá dizer agora alto e bom som, que Ronaldo-o Crente, e não um cristiano qualquer, é o pior jogador da nossa Selecção, para ver se ele reage à provocação, de modo a contrariar esta análise, encher-se de brios, e tornar-se então num jogador de quem se espera melhor actuação, maior rendimento, pois que até aqui, ele só tem sido apenas cartaz de propaganda e marketing, demasiado poster, mas de eficácia confrangedora em exibições apagadas.

Joaquim A. Moura - Penafiel
publicado no JN de 15/06/12

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