Chegou o momento de
agradecer a Manuel José, Carlos Queirós, a Luís Figo e a Rui Costa, agentes
desportivos com grande "mediatismo", que disseram o que qualquer um
de nós disse, mas que são levados mais a sério e com outra ressonância. As suas
declarações e as análises críticas feitas a tempo e horas, ao comportamento de
todo o staff durante o estágio, e à prestação e entrega no jogo com a Alemanha
no Campeonato Europeu de Futebol, provocaram uma onda tal, que foram
necessários vários especialistas para averiguarem os seus efeitos de norte a
sul do país. Desconfia-se porém, que Paulo-o seleccionador, e não o polvo,
contava com o contributo deles, e aproveitou bem o know-how de tais
intervenientes, para o introduzir na táctica aplicada contra a Dinamarca. O
conhecimento desta ciência, que é o futebol, revelada por tais ex-personagens
de topo no mundo da bola, ao provocarem a equipa das quinas, funcionou como
incentivo, levou-a a níveis de entrosamento, de entusiasmo e de raiva,
consideráveis, que os obrigou neste confronto decisivo contra os viking´s, a
comerem a relva até ao apito final, e a almejada vitória foi conseguida. Esta
táctica que contraria os prognósticos de qualquer bicho de campo ou de mar,
está provado, é para ser levada com rigor e posta em prática nos próximos
encontros que o futuro reserva aos audazes. E se ela dá como deu, resultado,
que paralizou a Nação valente e desempregada, diante dos ecrâs, erguidos e
pregados por tudo quanto é Praça nas cidades e vilas, vamos lá dizer agora alto
e bom som, que Ronaldo-o Crente, e não um cristiano qualquer, é o pior jogador
da nossa Selecção, para ver se ele reage à provocação, de modo a contrariar
esta análise, encher-se de brios, e tornar-se então num jogador de quem se
espera melhor actuação, maior rendimento, pois que até aqui, ele só tem sido
apenas cartaz de propaganda e marketing, demasiado poster, mas de eficácia confrangedora
em exibições apagadas.
Joaquim A. Moura - Penafiel
publicado no JN de 15/06/12