domingo, 8 de janeiro de 2012

OS ESTACIONAMENTOS...


Eu não sei se os meus visitantes gostam da rubrica "Penafiel e a Segunda Guerra Mundial". Devo dizer que esta rubrica, quando a publicava no Jornal 3 de Março, era bem vista por muita gente, inclusive o Sr. Embaixador de Portugal em Bucareste, Dr. José Augusto Seabra, que me enviou uma carta a dar-me os parabéns por abordar os dois temas em paralelo.
Eu gosto dos assuntos que lá são tratados. Se não gostasse não os publicava. "Se houver alguém que não goste, não gaste, deixe ficar", como diz o Pedro Barroso na sua "Menina dos Olhos de Água".
Isto para dizer o quê? Leiam o capítulo de hoje e constatem que já em 1940, havia em Penafiel a preocupação de querer receber bem quem nos visitava. Logo os penafidelenses da altura reivindicavam mais lugares de estacionamento tendo em conta os constantes grupos excursionistas que faziam de Penafiel um ponto de paragem nos seus passeios.
Uma cidade sem estacionamentos é como uma jardim sem flores, como diz o velho ditado. Penafiel está a caminhar para isso. Uma cidade sem carros não é uma cidade verdadeira, é uma cidade fantasma, já dizia Justino do Fundo, quando abria a sua janela para ver os carros passar na Rua Alfredo Pereira. Talvez haja aqui algum excesso, algum exagero. Mas a verdade e o pior parece que ainda estão para vir.
Com o estrangulamento das ruas e avenidas e a supressão de lugares de estacionamentos na cidade, Penafiel pode de facto caminhar para ser uma cidade fantasma. Dar prioridade aos peões não justifica as obras que estão a acontecer em Penafiel. Quem disse que os peões têm mais direitos que um carro?  Isso está escrito em algum lado? Em Penafiel, não se consegue conviver com o meio termo. Peões sim, mas carros também, de preferência a passarem ligeiros pela cidade...

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