Não foi uma festa, foi um regabofe. Foi um fartar vilanagem. Houve escolas que deviam ser recuperadas mas encerraram pura e simplesmente. Devo concordar com alguns centros escolares que foram construídos. Mas também houve muitos que foi um puro esbanjamento de dinheiros públicos. Há escolas que foram construídas com candeeiros com a marca de Siza Vieira no valor de milhares de euros cada um. Um luxo criminoso. Houve muito disparate. Houve muita vaidade nesta história e devia pesar na consciência desta ministra de quem eu, apesar de tudo, gostava sinceramente. De facto gostava desta senhora, que teve coragem de afrontar uma classe que se julgava acima de todas as referências: a dos professores. Honra lhe seja feita.
Voltando ao assunto da notícia que o Diário de Notícias destaca na primeira página. Por exemplo, aqui em Penafiel vai ser construído um centro escolar desnecessário. Esta é a opinião das pessoas, que pensam um pouco e tem dois olhos na cara. Depois, que vai ser feito das escolas que vão encerrar? Vão ser entregues aos "amigos", por exemplo Rotários, Lions, Escutas e coisas assim?
Não, não e não. Aquelas duas escolas que foram fundadas por Conde de Ferreira deviam ser preservadas, recuperadas e usando uma palavra muito na moda: regeneradas. Se juntassem as duas escolas e mais o espaço que no está meio delas, que dá acesso à GNR, sairia dali um belo centro escolar. Estou convencido disso.
No espaço da antiga serração, eu faria como já disse uma vez um Teatro Municipal. Ou então dava continuidade a um pensamento de Justino do Fundo, e depois avançado por Agostinho Gonçalves: edificar uma nova Câmara Municipal, para sair de uma ridícula situação que está a acontecer: cinco ou seis departamentos camarários espalhados pela cidade, com a agravante de se estar a pagar uma renda (se calhar elevada) pelo espaço ocupado pelos Recursos Humanos.
Já o disse aqui que eu era contra a construção de uns novos Paços do Concelho no local onde já realizaram touradas. Mudei de ideias quando soube que já havia um projecto para aquele efeito assinado por Siza Vieira que custou muitos milhares de contos.
A ser assim, Alberto Santos devia ter avançado nesse sentido. Parece que não avançou porque não havia verba. Agostinho Gonçalves dizia que a verba arranjar-se-ia sempre com maior ou menor dificuldade. Se calhar tinha razão, basta olhar para os milhões que se disponibilizaram para uma regeneração urbana, que mais não é que a construção de uma futura "cidade fantasma" chamada Penafiel...
Recorte retirado do DN
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