sexta-feira, 13 de abril de 2012

TOURADAS NA RTP...


Começaram ontem na RTP as barbaridades, as alarvidades, as bestialidades. Para mim são calamidades. São tempestades de areia nos olhos do bom senso e do bom gosto.
Há quem sustente que a RTP pratica um serviço público e que por isso não deve ser privatizada. Eu acho que de facto não deve ser privatizada, deve é ser pura e simplesmente eliminada. Inventem outra que não atente à inteligência das pessoas, como esta, para a qual o estado contribui com 300 milhões de euros por ano. 
Há pessoas que gostam de touradas. Mas também ninguém é perfeito.  Havia uma ministra, que por fora era bonita, mas por dentro era sinistra. Chama-se Gabriela Canavilhas e dizia que a tourada era cultura. Coitada da pianista que foi dar uma volta ao bilhar grande. Não faz faltinha nenhuma.
Um serviço público não devia contemplar um espectáculo destes. Os meus amigos sabem quantos espectáculos taurinos deu na RTP no ano passado? Quinze. Sabem quantas peças de teatro transmitiu, no mesmo período de tempo? ZERO. Nem no dia mundial do teatro (27 de Março) a televisão do Estado se lembrou de levar Gil Vicente ou fosse lá quem fosse o autor, às casas de cada um. No tempo de Salazar a RTP transmitia todas as semanas uma peça de teatro. 
Sabem quantos concertos musicais a RTP1 nos oferece em cada ano? Um, pelo Ano Novo. Há muitos anos que a RTP não transmite um Porto-Benfica, um Sporting-Porto ou um Benfica- Sporting em futebol. A transmissão de jogos deste nível também seria um serviço público. Mas não. Anda-nos a entreter com imbecilidades durante todo o dia e todos os dias.  
Uma nota final para quem defende estas malfeitorias das touradas: piquem-se uns aos outros a ver se gostam. Depois digam alguma coisa. Vão ver como há tradições que são autênticos crimes contra a natureza. Só em países atrasados culturalmente é que as touradas não acabam. E Portugal é de facto um país troglodita...

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