RUA MÁRIO DE OLIVEIRA
Só por ter sido filho de um dos beneméritos de Penafiel, não justifica que o seu nome figure numa das artérias da zona antiga e nobre da cidade. Uma vez perguntei a alguém que trabalhava no Museu Municipal de Penafiel sobre Mário de Oliveira. A resposta foi breve e lacónica: “gastou a fortuna que seu pai lhe deixou”.
Apesar do filho de Zeferino de Oliveira, ter contribuído para a obra do altar do Santuário da Nossa Senhora da Piedade, penso não ser matéria de vulto para honrar com o seu nome um espaço que vai da rua do Carmo ao Largo dos Capuchos.
Há um nome muito parecido que em substituição iria para aquela rua: o de Maria de Oliveira. Esta senhora nasceu em Penafiel no dia 3 de Março de 1930 e fundou a Obra das Gaiatas, algo muito parecido com a obra do Padre Américo. Este virou-se para os rapazes e Maria de Oliveira recolhia raparigas abandonadas.
A 31 de Maio de 1947, esta senhora entrou para o Convento das Escravas do Sagrado Coração de Jesus, saindo duas vezes. Professou a 25 de Março de 1958 mas saiu definitivamente a 10 de Março 1963, para se dedicar às crianças desvalidas. Foi numa viagem por Trás-os-Montes para espairecer, instalando-se em Valpaços a 5 de Agosto de 1963 e aí recolheu as primeiras crianças. Em 1976, a Obra das Gaiatas já tinha a seu cargo cerca de 80 crianças. Maria de Oliveira, uma penafidelense a merecer um olhar mais atento pela Comissão Toponímica de Penafiel.
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