O 11 DE SETEMBRO...

No passado domingo, o mundo parou para homenagear as vítimas do atentado às torres gémeas de Nova Iorque. Minutos de silêncio, missas por todo o lado, mas quando chega a data 20 de Março ninguém se lembra do maior crime praticado contra a humanidade, que foi a invasão do Iraque. Os criminosos tal como a foto o demonstra estão de consciência tranquila. Não vou aqui discutir sobre a quantidade de mortos, mas sabemos que  a invasão do Iraque provou perto de um milhão e em Nova Iorque não chegou aos três mil. Se calhar as vítimas de Nova Iorque eram gente, valiam mais e as do Iraque não tinham o mesmo estatuto. Eram apenas muçulmanos. 
Incomodou-me constatar que os nossos quatro canais televisivos tenham transmitido simultâneamente a tristeza que pairava nos Estados Unidos, por semelhante acontecimento de que fazia dez anos.
Eu lembro-me de no dia seguinte, aos atentados de ser instado sobre a queda dos símbolos do capitalismo selvagem, de ter respondido: "quem semeia ventos colhe tempestade". Penso não ter estado longe da razão. Os Estados Unidos desde que são país, não chega a trezentos anos, já se meteram em centenas de guerras e perdeu-as todas. E nem por isso aprenderam que não têm nada que meter o nariz onde não são  chamados.
Agora estão, através da fascista Nato e da fantoche ONU a bombardear as terras de Kadafi, tal como fizerem em terras de Saddam. 
Lamento que Bush e seus acólitos, seus lacaios europeus, não tenha sido julgados pelo TPI, outra fantochada dominada pelos maiores exportadores de colesterol do mundo, estes  também a braços com uma dívida colossal, com agora se  diz. Não se esqueçam que as crises económicas e financeiras começam sempre nos Estados Unidos que USA e abusa da gatunagem.
Eu tenho vergonha do comportamento do ocidente em relação aos países árabes, independentemente destes serem ou não ditaduras. Aqui em Portugal temos eleições e temos uma ditadura que também provoca muitos estragos na comunidade portuguesa, porque tem por base uma dita democracia. Aqui também se mata, se destrói. Aqui a coberto de uma democracia tudo acontece em detrimento dos mais pobres, dos miseráveis, dos sem empregos, dos sem acesso a uma vida digna e comportável...