quinta-feira, 8 de setembro de 2011

PENAFIEL E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL (11)


Os princípios de Fevereiro de 1940, davam conta que Hitler ordenava que se acelerassem os preparativos da operação “Weserubung”, nome atribuído à ocupação da Noruega e Dinamarca, e o Conselho Supremo de Guerra Aliado aprovava um plano de intervenção na Finlândia.
Entretanto nesta altura, em Penafiel, os eventos culturais eram levados a efeito amiúde: No Recreatório realizaram-se duas récitas para crianças. Houve canções recitativas, pequenas comédias, bailados, etc. No Cine Clube, que veio a chamar-se mais tarde Cine Teatro S. Martinho, teve lugar um sarau de arte com interpretações pelo “Orfeão Jacista de Barrô do Douro. Além de lindíssimos números musicais cantados, foi apresentada a comédia em um acto “Um Bruxo de Calças pardas”. Na sede do Sport Clube de Penafiel, foi leva à cena pelo Grupo Cénico Sport, a revista em dois actos e cinco quadros “ Tudo Torto”. O espectáculo foi brilhante patenteando críticas aos costumes locais, foi do agrado geral. O desempenho, a cargo de intérpretes amadores que pela terceira ou quarta vez pisaram o palco foi bem cumprido, destacando-se em primeiro plano, Manuel Alves, Zeferino Coelho e a simpática Edite Sousa.
Entre os dias 11 e 23 de Fevereiro, é assinado um acordo Germano- Soviético, pelo qual Moscovo enviará à Alemanha petróleo, alimentos e matérias primas, recebendo em troca produtos manufacturados e armas. O contra torpedeiro britânico “Cossack” entra no Fiorde Norueguês de Joring para abordar o petroleiro alemão “Altmark” e libertar os 229 prisioneiros ingleses que transportava. O governo de Oslo protesta por esta violação da sua neutralidade.
Já em Penafiel tentava-se combater a ociosidade. Os Bairros da Saudade e Rua Tenente Valadim estavam a tornar-se impróprios para o convívio normal das pessoas. Foi pedido à Câmara Municipal maior policiamento e meios para combater a ociosidade daquelas zonas muito populosas.
A mocidade (principalmente as raparigas chegavam a mulheres sem profissão) entregava-se aos piores vícios e devasssidões. Era necessário arranjar ocupação para aquela gente. O trabalho escasseava. As iniciativas morriam esmagadas pelos encargos financeiros. Foi bem recebida a fábrica de alumínio que se instalou em Penafiel que era propriedade do Sr. João Abrantes.
Pedia-se o regresso ao seu lugar de uma fábrica de mortalhas que tanto auxiliou a vida de muitos pobres de Penafiel. Sentia-se muito a falta, por exemplo, de uma fábrica de tecidos ou outra indústria para que aqueles bairros não vivessem apenas das pinhas e da sardinha.

Continua...

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