domingo, 4 de setembro de 2011

PENAFIEL E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL (10)



Nos princípios de Janeiro de 1940, enquanto era aniquilada uma divisão de assalto Soviética na zona de Suomussalmi na Finlândia e Goering (político alemão, líder militar e um dos principais membros do partido Nazista)  assumia o controlo de todas as indústrias de guerra alemãs, em Penafiel chegava-se à conclusão de que uma escola profissional na cidade viria prestar um grande auxílio ao povo desta região e sobretudo obstar a que muitas famílias abandonassem esta terra, por não encontrarem facilidade de estudos para os seus filhos. Daí o principal motivo de constante despovoamento.
Um jornal local na pena de um anónimo penafidelense, aventava a hipótese de juntar as forças vivas da cidade tendo como representantes destas forças, um tal Dr. Artur Marques de Carvalho para esta iniciativa ir para a frente. Dizia ele que era bom que Penafiel retomasse o lugar que já teve, melhorando assim a situação dos que nela têm de viver. A instrução profissional devia ser instituída em Penafiel, assim como esta cidade precisava de mais uma escola na parte alta, para completar a instrução primária tornando menos pesada a frequência das escolas já existentes.
Entretanto a 17 de Janeiro, Hitler comunicava aos seus comandantes a intenção de começar a ofensiva na frente oriental. No mesmo dia já um avião de ligação alemão encarregue dos planos de invasão, efectuava uma aterragem na Bélgica. Eram assim alertadas as autoridades belgas para as intenções alemãs de atacar o seu país e a Holanda.
Enquanto isso, em Penafiel, no âmbito de uma grandiosa festa nacional de 1940, em que Portugal rejubilava pela ordem perfeita e pelo brilhante progresso, decidia-se colaborar recordando o grande português que foi Egas Moniz. Por isso Penafiel tinha a obrigação de deixar bem patente o progresso da sua terra, e não só, como conseguir também o lugar a que ela, grande centro de turismo tinha direito.
Ainda no mês de Janeiro de 1940, os alemães atrasavam a sua ofensiva para oeste até à chegada da Primavera. A Bélgica negava-se a autorizar a travessia do seu território por tropas britânicas e francesas. Mas passados alguns dias começavam os preparativos para a Campanha da Noruega e Dinamarca.
Nesta altura, em Penafiel havia quem fizesse apelo à plantação de árvores de fruto a ladear as estradas de Penafiel, como embelezamento da nossa terra. Já se falava também em plano de urbanização a propósito do jardim público (actual jardim do Calvário) orientado para sul da cidade, que mais tendia a desenvolver-se, até para evitar o constante faz e desfaz por falta de orientação. Penafiel continuará (dizia-se) a ser apenas do Calvário à Praça Municipal, tudo por falta de um plano de urbanização da cidade.


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